Estive lendo uma postagem do blog portal pindaré e observei um trecho com um relato de alunos sobre o tema já relato, e vir uma postagem no blog do jardson madeira, então resolvir postar-la tambem um texto sobre o assunto.
Marcos Sousa, 17 anos, que fez o Enem em Bacabal (MA),
disse que o tema da redação "foi esquisito", mas acha que desenvolveu
um bom texto. "O Brasil é um país que cresceu com a ajuda dos imigrantes,
mas atualmente esse movimento imigratório é bem menor".
Teresa Ribeiro, 21 anos, fez a prova do Enem pela
terceira vez, em São Luís, e considerou o tema mais difícil em relação aos
outros anos. "Na hora da prova, lembrei do que aconteceu recentemente com
relação aos haitianos, que vieram para o Brasil em busca de melhores condições
de vida", afirmou
Migração no Século XXI
A crise
vivida nos Estados Unidos e na Europa desde 2008 não vem mexendo apenas com a
economia mundial. Até então fornecedor tradicional de imigrantes para diversos
países no mundo, o Brasil passou a ser o “el dorado” de haitianos, bolivianos,
africanos, e até mesmo de espanhóis e portugueses. Com tanta gente querendo
sentir o calor dos trópicos e ainda aproveitar o bom momento de um Real
valorizado, o Brasil começou a sentir necessidade de criar barreiras contra
essa invasão estrangeira.
Doce ironia.
Até bem pouco tempo, os brasileiros eram perseguidos nas aduanas estrangeiras
por serem imigrantes ilegais em potencial. Não faz muito tempo, Brasil e
Espanha entraram em duelo internacional pela grande leva de brasileiros que
estava sendo barrada pela dura e, muitas vezes injusta, imigração espanhola.
Com os Estados Unidos não foi muito diferente e só mudou por causa da enxurrada
de dólares que os brasileiros vêm despejando na combalida economia
norte-americana.
A nova
realidade não tem sido irônica apenas com europeus e norte-americanos. Até
então críticos ferrenhos das políticas alfandegárias, o Brasil está se sentindo
forçado a levantar algumas barreiras aos imigrantes que querem vir para o País.
No caso mais recente, quase 4 mil haitianos entraram sem visto no Brasil,
fazendo com que cidades como Brasiléia (AC) e Tabatinga (AM) se transformassem
na filial de Porto Príncipe.
Com tanto
haitiano no País e a possibilidade de esse número aumentar, o governo
brasileiro resolveu endurecer o tratamento dado aos haitianos que querem, mas
ainda não chegaram ao Brasil. A intenção é condicionar a entrada de novos
imigrantes à obtenção prévia de emprego e moradia no País. Além disso, o Brasil
pretende limitar em 100 o número de vistos concedidos pela embaixada brasileira
em Porto Príncipe. Embora necessária, a medida vem recebendo críticas
daqueles que consideram que o Brasil está sendo xenófobo e discriminador.
Brasil, a
terra dos imigrantes.
Ainda que
pareça contraditória em relação ao seu passado, a medida tomada pelo governo
brasileiro vem se mostrando necessária mediante às ondas migratórias que estão
acontecendo e podem crescer em um futuro próximo. Não se pode dar as costas às
milhares de pessoas que sofrem pelo mundo, mas o Brasil não é a Grande Mãe. Até
porque, ele mesmo não vem conseguindo cuidar direito dos seus próprios filhos
(vide os milhares de pessoas que ainda sofrem de fome e desnutrição nessa nova
“potência” econômica).
O governo
deve, sim, organizar a entrada de imigrantes e, dentro dessa organização, está
o controle de quem entra no País. Uma imigração desordenada leva ao que se viu
no Acre e no Amazonas, em que as cidades não tinham estrutura para receber
tanta gente e tinha haitiano dormindo na praça e hospital sem condições de
atender aos doentes. Muito embora os haitianos estejam vivendo na miséria no
seu país, morar na Rua no Brasil também não é uma situação digna para ninguém.
Ainda que
alguns acusem o governo brasileiro de xenofobia contra os haitianos, o Brasil,
em momento algum, mandou de volta para o Haiti quem chegou ao País sem visto.
Ao contrário. O governo vem garantindo que todos os 4 mil que aqui chegaram
tenham sua situação regularizada e possam viver legalmente no País. Inclusive,
já tem uma grande leva com visto e trabalhando em obras como a da hidrelétrica
de Belo Monte. Essa situação é muito diferente da que se vê na Europa, que tem
o costume de mandar de volta aos respectivos países barcos repletos de
imigrantes ilegais que tentam diariamente entrar no continente.
Nesse mundo
politicamente correto em que se vive, palavras como xenofobia e racismo viraram
argumento contra qualquer proibição imposta pelo estado de direito. Entretanto,
são as leis que servem como base para que um país cresça como nação e possa
permitir aos seus cidadãos, e até mesmo a quem vem de fora, viver de forma
digna. O Brasil, tradicionalmente, sempre recebeu bem os imigrantes e isso não
está sendo diferente e nem vai ser diferente no futuro.
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